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Os Europeus dominavam o mundo de esportes à motor nos anos que se seguiram depois da Segunda guerra, um fato inegável. Jaguar, Maserati e a Mercedes-Benz eram os grande gorilas do mundo automotivo tanto em termos de carros esporte quanto na Fórmula 1. A única empresa que talvez pudesse criar uma certa ameaça aos 3 citados à cima fosse a Aston Martin que também era Inglesa. Porém durante os anos 50 a Ferrari construiu uma reputação de excelência em performance com a série de carros 250 que iria durar até os dias de hoje. No cenário de competições internacionais automotivas podemos dizer que os Americanos estavam completamente por fora.
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Mas, esperem aí, não vamos chegar à conclusões apressadas afinal o nome do nosso blog é Corvette Brasil. A GM sempre admitiu não ter muito interesse em competições desde a sua fundação em 1908. Porém tudo mudou de forma repentina nos anos 50 ainda que também de um jeito espectacular. Certas pessoas importantes na GM e algumas figuras jovens envolvidas na parte de engenharia iriam trazer novos ares à GM e a sua política de ignorar as competições. O genial engenheiro Edward Cole, que mais tarde ocuparia a presidência da empresa, era o chefe da divisão Chevrolet na década de 50. Foi pela a sua liderança que o Corvette não foi cancelado já na década de 50 depois dos 2 primeiros anos como fracasso de vendas. O Corvette de 1953 e 1954 era algo lento e pesado com um modesto 6 cilindros emprestado de um caminhão. Porém em 1955 o small block Chevy entrou em produção, algo que também tinha tido o dedo de Cole. Somado à isso entrou na equação o novo engenheiro Russo, Zora Arkus-Duntov, que tinha a missão de tornar o Corvette algo bem sério no âmbito de competições internacionais. E o resto? Bem o resto é o que podemos chamar de história. Imaginem um carro leve como o Corvette com um motor V8 violento de baixo do capô? Para a época ficou claro que, com o Corvette, Duntov poderia fazer qualquer coisa.
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Cole era um tanto progressista quando o assunto era o produto Chevrolet. Ele envisionava a Chevrolet como uma marca campeã nas pistas seja na NASCAR, com os sedans Chevrolet, ou nos circuitos internacionais com o Corvette. Dentro dessa filosofia Cole foi buscar talento e contratou dois dos melhores , e hoje, lendários engenheiros da Chevrolet. Zora Arkus-Duntov, o Russo nascido na Bélgica, veio directo da própria empresa para gerenciar o programa do Corvette. Duntov carregava no seu curriculum duas vitórias para a Porsche nas 24 horas de Le Mans e também uma passagem interessante pela Allard. O segundo engenheiro é o não menos famoso John Z. DeLorean (alguém aqui é fã dos Pontiac ou assistiu De volta para o futuro?). Ele veio direto da Packard, na época, já em dificuldades. DeLorean veio para ocupar o cargo de engenheiro chefe de toda a divisão Chevrolet. O trabalho foi difícil no começo mas hoje temos o Corvette que se tornou um mito no mundo todo.
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O motor do SS foi montado na frente porém mais atrás possível numa configuração front mid-engine justamente para fazer a distribuição de peso perfeita. Alguém aqui está pensando no Z06 ou ZR1 modernos? O motor do SS produzia incríveis 450 hp que humilhava os demais carros esporte da época. O capô e a parte traseira do carro eram do tipo clam shell e se abriam totalmente para facilitar reparos. E a carroceria era bem aerodinâmica e, ao mesmo tempo, agressiva e sexy no melhor estilo Americano da época.
Apesar de toda as inovações de engenharia e recursos gastos o SS teve uma carreira muito curta porém notável. Nas 12 horas de Sebring de 1957 o maestro, Juan Manuel Fangio em pessoa, guiou o SS pela primeira vez. Ele considerou competir com o Corvette pois era claro para ele que era o carro mais rápido da prova. Fangio completou a sua volta mais rápida com o SS em 3:27. Ou seja, 4 segundos mais rápido que qualquer outro carro em Sebring. Mas Fangio não sentia firmeza num carro que estava fazendo sua estreia e .no lugar. optou por pilotar a Maserati 450S à vitória porque o SS teve que abandonar na volta de número 23 com problemas na suspensão. Coisas que somente um grande campeão pode prever. Fangio ganhou a prova.
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Após Sebring, a equipe de Duntov e DeLorean estava muito empolgada porém ganharam um grande banho de água fria. A General Motors junto com a Ford e Chrysler assinaram em 1957 o banimento às competições da Association of Automobile Manufacturers'. Assim o Corvette SS de 1957 virou peça de museu logo nos seus primeiros meses de vida. Isso aliás iria custar muito caro à industria automobilistica Americana nas próximas décadas e é sentida até hoje. Porém, nem tudo estaria perdido no futuro próximo quando Bill Mitchell construiu, junto com Larry Shinoda, o Sting Ray racer que já contamos aqui. O carro era basicamente o SS com nova carroceria. Ou seja o carro ainda existe como o Sting Ray racer ainda que relativamente bem modificado. Com relação ao SS é interessante imaginar o que teria sido esse carro versus os Jaguar, Aston Martin e Ferraris da época. Um vencedor já que o carro tinha tudo necessário para superar essas outras marcas lendárias do velho continente. Assim, concluímos que o Corvette SS é definitavamente um dos grande automóveis de todos os tempos.
2 comentários:
Que coisa fabulosa... Enquanto uma equipe que transpira criatividade tecnológica trabalha para a glória da(o)Corvette, os muquiranas da contabilidade cortam os custos que na verdade eram investimentos institucionais de alta qualidade.
O Luiz sintetizou bem a situação...acrescento que cercearam o crescimento tecnológico da industrai automobilistica...é coisa de "contadores de tostões" das antigas.
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