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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

XP 897-GT, o Corvette Wankel de aço



Nós já falamos brevemente do Corvette XP-897 GT de dois rotores quando apresentamos o Aerovette. Esse pequeno conceito tinha detalhes interessantes. Para começar, ele vinha com motor Wankel de 2 rotores e 4.4 litros (266 ci) que gerava 180 hp. O motor era desenvolvido pela GM e se chamava RC2-266. Sua montagem era traseira e transversal acoplado à uma transmissão automática. O interessante é que o carro foi construído pelo estúdio experimental da GM em 6 meses, digo, havia a ajuda de Pininfarina com o chassis e a carroceria.




Novamente, nos vemos falando sobre a eterna relação e rivalidade com a Porsche desde os tempos em que Duntov corria pela firma de Dr Porsche em Le Mans na década de 50. O chassis do carro, preparado por Pininfarina, nada mais era que o chassis de um Porsche 914 que foi modificado para o carro. Assim, carroceria e chassis estavam prontas em Abril de 1972 sendo que o motor de 2 rotores Wankel da GM teve sua estréia no salão de Frankfurt de 1973. Assim como o original XP-882, esse pequeno Xp-897 GT fez com que a imprensa internacional acredita-se que se tratava do futuro Corvette. Para o leitor mais entusiasta, note que o carro parecia bastante com o BMW Z1 que seria lançado décadas depois.



O carro, na verdade, ainda existe e pertence ao Tom Falconer da Claremont Corvette (famosa na Inglaterra) com quem tivemos a chance de conversar e obter algumas das fotos. A história da acquisição do carro por Falconer foi um tanto interessante. Tudo começou com a ligação em 1982 de um amigo, Geoff Lawson. Lawson era designer chefe da Jaguar e na época era um estilista chefe dos caminhões Bedford. No telefonema, Lawson disse a Falconer que iriam prensar, em Detroit, um certo Corvette com carroceria de aço. Tom sabia que o carro não era apenas um Corvette, mas sim o legendário carro de 2 rotores que, acreditava-se, tinha sido destruído num incêndio na Califórnia em 1977.



Falconer pediu para que o carro não fosse destruído e no meio tempo ligou para o chefe de design da GM, na época, Chuck Jordan. O carro seria destruído em Detroit no centro técnico da GM e Jordan explicou o motivo de tal atrocidade. O carro era uma vergonha, uma lembrança dolorosa do caro programa Wankel da GM e também ao fato que nenhum Corvette teria motor central ou carroceria de aço.



Falconer conseguiu implorar pela vida do carro e de conseguir ficar com ele. Assim, em 1997, o motor original foi trocado por uma unidade Wankel 13B da Mazda que foi acoplada à um câmbio de tração dianteira da Cadillac (montado atrás) de forma a manter o carro com a distribuição e layout originais. O carro tinha sido repintado prata, algo que Falconer trocou novamente pelo vermelho metálico que o carro tinha originalmente no salão. O carro foi mostrado ao público em 2000 durante um evento da NCRS ainda que hoje o carro resida na Inglaterra sendo visitado por vários entusiastas Americanos que não acreditam que o carro é o XP 897 GT original.













Um comentário:

Luiz disse...

O carro é bonito, mas não gosto dos faróis e do volante.