Corvette Brasil
Maior conteudo sobre Chevrolet Corvette na língua Portuguesa.
sábado, 12 de maio de 2012
Morre Carroll Shelby
Nessa última Quinta, morre um dos homens mais importantes do automobilismo esporte: Caroll Shelby. O homem responsável pelo Cobra, Viper, Shelby Mustang e até uma das vitórias da Aston Martin em Le Mans em 1959 antes de se afastar das pistas por supostos problemas cardíacos. Os problemas de válvula sempre existiam desde os 7 anos de idade que fez com que ele passasse a maioria da infância na cama. Ele chegou a ter um transpante nos anos 90 que foi muito bem sucedido. Nos eventos recentes, como Barrett-Jackson, Shelby sempre dizia que cada dia de vida que ele tinha era um grande presente uma vez que vários médicos tinham lhe dito que não iria viver tanto. Shelby foi também responsável pelo desenvolvimento do Ford GT-40 que dominou as 24 horas de Le Mans. Ele será para sempre imortalizado no coração de todos nos que amamos o automobilismo. Para mim, ele sempre foi imortal e nunca imaginei que esse dia chegaria tão logo. Descanse em paz Carroll.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
O dia em que não falei com Carrol Shelby...
Foi em junho de 1981 num Concours d'Elegance na Universidade de Stanford, em Palo Alto, Califórnia. O evento era de altíssimo gabarito e os carros que lá estavam atestavam isso de forma acachapante. Bugatis, nunca vi tantas. Aliás, nunca tinha visto uma Bugati na vida. Fui submetidoa uma overdose de Bugatis Type 35, 51, 55 Atalante, etc. Só faltou uma Royale.
Tinha Maseratis variadas dos anos 50, daquelas desenhadas por Medardo Fantuzzi; Aston Matins, Ferraris maravilhosas, como uma Barchetta negra; uma fileira de Jaguares XK-120 e 140, Bentleys, Rolls, Delahayes, Delages, etc.
O clube anfitrião era o Shelby Club, chapter californiano. O que tinha de Mustangs Shelby era uma barbaridade. Os GT 350 de rua e competição, os GT 350H, negros com faixas douradas, da Hertz; os GT500KR e até alguns Mustang California Special. Os Cobras derivados do AC estavam lá em grande número. Se você gostasse do Cobra mais simples, com small block Ford, tinha muitos; se você perdesse os sentidos com a visão dos 427, com os para lamas aumentados por esteróides anabolizantes da variedade big block Ford, eles estavam disponíveis.
De repente, pela beirada do campo, numa área destinada à circulação de veículos que chegavam ou saíam, vi um Shelby GT 350 1966 branco com as características faixas azuis. O carro passou, lentamente e gargarejando, para o gramado. Notei, na tampa da mala, uma pintura reproduzindo uma assinatura. A assinatura era de Carrol Shelby. Na foto que tirei as luzes do freio aparecem acesas. O Mustang parou e dele desceu o homem.
Fiquei mudo e completamente estarrecido olhando para uma lenda, um ser gigantesco. Na época ele estava com 59 anos e tinha um jeitão tranquilo e meio bonachão de texano criador de galinhas. Ali estava o homem que fez a Ferrari se ajoelhar em 1965. Fiquei olhando com uma expressão de estupor.
Ele desceu, me viu, sorriu simpático e seguiu em frente. Não consegui falar, apertar a mão dele e dizer uma banalidade qualquer...
LT
Luiz, bela história! As pessoas que conhecemos na vida. Nunca tive a chance de conhecer o Shelby, mas todo o pessoal da realeza do Corvette deu para conhecer como James Garner e os demais pilotos.
Carlos,
Há quem diga que não se arrepende de nada do que fez. No meu caso, me arrependo do que não fiz. Ele, com aquele sorriso luminoso e enorme humanidade, falaria comigo numa boa...
Postar um comentário