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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Um E-Type no spa

O série 1 que o autor "curtiu" no verão de 2009 em Midway, Utah durante os dias Suiços.

Como alguns de vocês sabem, sou grande entusiasta e admirador da Jaguar. Quando novo, apreendi muitos sobre esses carros, e tive o privilégio de andar em todos incluindo o primeiro carro que Sir Lyons fez o SS-1 (antes de se chamar Jaguar). Quando há a oportunidade de matar a saudade com um desses felinos não penso duas vezes. Além de tudo, o Jaguar XK120 foi a inspiração que resultou no Corvette.




O Jaguar E-Type é talvez um dos designs automotivos mais belos já criados. Inspirado nos carros de competições C-Type, D-Type e no raro e belíssimo sobrevivente XK-SS, o E-Type tinha como missão ser um grand tourer de dois lugares com versões conversível e coupe.

O XK-SS que foi de propriedade de Steve McQueen e hoje é cuidado pela Microsoft.

Para não deixar de mencionar uma curiosidade, ao ver o E-Type pela primeira vez, Enzo Ferrari disse à imprensa: "O carro mais belo já feito." Além de todo o pedigree da marca Jaguar e da aprovação de Ferrari o carro em si tinha pontos bem positivos a seu favor: era belíssimo, preço acessível frente à seus concorrentes e tinha uma ótima performance. Uma receita que provou ser vitoriosa nos anos 60.

Houve 3 séries na produção do E-Type que foi de 1961 à 1975 antes de ser substituido pelo XJS. A primeira série, ou série 1 foi de 1961 à 1968. Inicialmente viam equipados com carburadores SU (digo pela experiência que são terríveis) e com motor de 3.8 litros 6 cilindros em linha herdado do XK 150. Uma coisa interessante nos primeiros 500 carros construídos foi que eles tinham trancas no capô externas e esses carros hoje são os carros de série com maior valor de coleção.

Sir William Lyons e o primeiro E-Type de série em 1961. Notem a trava do capô externo.

Os primeiros carros, além do motor XK de 3.8 litros, vinham equipados suspensão independente traseira com molas helicoidais, freios à disco (poucos carros tinham essa invencão da Jaguar na época) hidráulicos e câmbio de 4 marchas sem sincronizada na primeira marcha.


O E-Type série I (1961 à 1968) pode ser facilmente indentificável por ter faróis com cobertura, escapamento duplo abaixo da placa, faróis traseiros e sinalizadores acima do parachoque e uma pequena abertura "boca" de radiador. Na minha opinião é a série mais bela e pura do E-Type. Como podem ver, na foto, esse E-Type drop head é um série I.


Na série II (de 1969 à 1971) o carro difere estéticamente por fárois abertos sem cobertura, parachoque traseiro involvente, sinalizadores dianteiros e faróis traseiros posicionados abaixo dos parachoques e uma boca de entrada de ar maior com um radiador com duas ventoinhas elétricas que foi uma lição apreendida com os clientes da ensolarada Califórnia. No série III (1971 à 1975) tivemos a triste introdução do motor V-12 que viria equipar o sucessor XJS, os chassis eram maior para acomodar o layout 2+2 de assentos, rodas e pneus modernos e lanternas diferenciadas. As versões Americanas tinham horrendos borrachões de proteção nos parachoques cromados.


Mas voltando ao carro tema desse texto, não há nada mais prazeiroso que guiar um série I com o ronco do motor XK em linha 6, o cheiro de óleo misturado com o couro Jaguar. Na minha opinião a melhor versão do E-Type foi a drop head, os coupes me agradam apenas na série I e mesmo assim acho que o desenho mais harmônico é do conversível. O dono, descobrindo meu passado com Jaguar, pediu para que eu experimentasse o carro nas ruazinhas de montanha de Midway. Você diria não à um pedido desses? Eu certamente não. Poderia escrever páginas sobre o E-Type mas infelizmente o tempo não permite. Talvez no futuro visite o tema novamente mas por equanto fica aqui a lembrança do passeio nesse belo série I.


O carro não estava perfeito, queimava um pouco de óleo, os freios não estavam devidamente balanceados, apesar de não estarem gastos, e também tinha alinhamento à fazer. Apesar das belas rodas raiadas knock-off, os pneus eram radiais. Mas o que isso importa, não é mesmo?



Mas que esse carro é belo é apenas pouco para ele.



Nada como brincar com um E-Type por Utah. Além de termos passado o final de semana nesse resort Suíco belíssimo, equanto minha esposa curtia o spa eu estava fora curtindo o tipo de exercício que faz bem para minha alma entusiasta: um belo E-Type como Sir William Lyons tinha planejado. God save the Queen and the Jags!

3 comentários:

Francisco J.Pellegrino disse...

Eu fico aqui imaginando o teu "sacrificio" em andar neste JAG...parabens

Carlos Scheidecker disse...

Foi duro mesmo Francisco.

Lawrence Jorge R S disse...

Eu também sou fã do Sir William Lyons!!! Ele começou fabricando Side-Cars para motos!
Tenho um livro sobre a Jaguar até o XJ-220! Se precisar de algum detalhe me pergunte q eu vejo para vc! O série3 exportado para os EUA tem aquele horrivéis pára-choques absorventes de impacto devido as leis americanas que haviam mudado.
Assino embaixo de tudo q disse, E-Type revolucionou os esportivos e a Série 1 é a mais incrível! Para mim compete cabeça a cabeça com o XK-120 pelo posto do melhor Jag esportivo de rua.
Apesar da falta de criatividade, tb invejo essa vida dura q vc leva! KKKKK, abraços!